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Volto no tempo para começar esta crônica. Meados do segundo semestre de 2012, caminhava junto ao meu pai em direção ao Salvador Costa. Para um grená como ele, o cenário era perfeito: sábado de sol, cervejinha gelada do lado de fora do estádio, e final contra o arquirrival. Que torcedor, em sã consciência, perderia um dia como esse? Se você está lendo este texto, certamente sabe como foi o desfecho daquela partida, né. Poderia escrever algumas resenhas sobre mais uma atuação decisiva de Flávio Santos e Hércules, mas o foco aqui é outro.

Da arquibancada, a Desportiva me fez ter certeza do que ainda era uma aposta em minha vida. À época, estava certo que me dedicaria ao jornalismo, mas naquela tarde não restaram dúvidas de que o meu lugar para contar histórias estava bem ali, no campo. Desde então a Locomotiva fez parte do meu crescimento profissional, já que em todas as fases de minha carreira até aqui o uniforme grená esteve ligado de forma direta ou indireta.

Como? Conto um pouco para vocês. Desde o primeiro jogo que cobri da Desportiva Ferroviária, uma vitória por 2 a 0 contra o Real Noroeste, pela primeira fase do Capixabão de 2014, ainda como repórter do GloboEsporte/ES; até o confronto também diante do Real, em 2019, na derrota que decretou a eliminação grená do Capixabão, desta vez atuando como assessor de imprensa do clube grená naquele ano – passagem que poderia ser um pouco mais longa, caso aquele fatídico pênalti do Alessandro tivesse acabado no fundo das redes.

Agora, dei uma pausa dos gramados, mas a minha gratidão ao clube continua inalterada. Não só pelos amigos que fiz por lá, da diretoria aos funcionários do campo, mas por ter a oportunidade de colocar em meu currículo algumas participações na bela história da Locomotiva de Jardim América. Que venham as próximas! Vejo com bons olhos os esforços do atual corpo gestor do clube. Como entusiasta do nosso futebol, admirador, e, acima de tudo, capixaba, digo sem pestanejar: Pra frente, Desportiva!