Técnico Cleiton Marcelino comenta empate contra equipe do Real Noroeste
Na tarde do último sábado (06/03), a Desportiva foi a campo para enfrentar o Real Noroeste. Embaixo de um sol forte, o 0 a 0 foi o resultado que prevaleceu. Comandante da Locomotiva Grená, o técnico Cleiton Marcelino comentou sobre o que achou da partida e de como se portou a equipe. Confira aí!
Após uma estreia com boa exibição do time, um empate contra o Real Noroeste. Qual a evolução que você considera para a equipe?
– Tivemos dois jogos muito distintos. Contra o Vilavelhense tivemos o controle do jogo, várias situações de gol e poderíamos até ter saído com um placar mais elástico. Já contra o Real Noroeste, tivemos um jogo bem difícil, pois o time já vem jogando em um modelo de jogo há muito tempo e vem fazendo boas campanhas com frequência. Encontramos uma equipe que marcava muito nossa saída de bola, principalmente no meio-campo, isso empobreceu o jogo nos forçando a fazer muita ligação direta. Vejo que em termos de luta, competitividade e entrega dentro de campo, nossos atletas conseguiram fazer um bom trabalho. Sabemos que em alguns jogos, tecnicamente, a equipe não vai responder devido a diversos fatores, mas o que não pode faltar é o espírito competitivo e de entrega, que a Desportiva correspondeu. Estamos avaliando o jogo, não estou satisfeito com o resultado e os atletas também não. Terminou o jogo e todos estavam chateados, pois tivemos chances de vencer o jogo, mas isso faz parte do futebol.
Em uma tarde de sol forte, que a temperatura bateu 35º com sensação térmica na casa dos 40º, qual o impacto que isso gerou no time e o quanto isso influenciou no resultado?
– Foi um jogo muito pegado e tivemos o fator de no horário do jogo estar bem quente. Mas não entro muito nesse mérito de justificar uma má ou boa atuação por questões extra-campo, como gramado, clima etc. São situações boas ou ruins para os dois times, mas sabemos que quando temos um clima como o do jogo, o atleta naturalmente vai dosar mais. Sabemos que vamos evoluir, mas isso virá com o tempo, com o condicionamento físico, tático e técnico.
A Desportiva criou oportunidades e chegou algumas vezes na meta adversária levando muito perigo. O empate fica com um sabor amargo?
– O empate não é o resultado que nós esperávamos, com todo o respeito ao trabalho do Real Noroeste, mas o fato de jogarmos em casa tem que ser sempre visando a vitória, independente de qualquer adversário. Temos que fazer valer esse quesito de mandante, mas entendo que criamos duas ou três situações reais de gols, infelizmente na hora de concluir não tivemos a competência de converter. Agora não adianta ficar lamentando, é trabalhar finalização, o último passe, infiltrações etc.
A Desportiva tem apenas 5 semanas de trabalho, já o Real treina desde dezembro por conta da Copa Verde, além de terem mantido uma base do ano passado. Qual a sua avaliação diante dessas circunstâncias?
– A equipe do Real Noroeste é uma equipe que vem apresentando boas campanhas há algum tempo, até brigando por títulos, e nossa equipe foi montada agora, temos apenas 5 semanas de trabalho e muito a evoluir. Fazendo uma análise crítica a esse jogo, conseguimos ver que temos muita coisa a melhorar e a entregar, coisa que não aconteceria se nossa equipe estivesse pronta e o resultado fosse um empate. Vejo o lado sempre positivo. O empate foi o resultado esperado e que gostaríamos? Não. Mas vi várias situações que devemos trabalhar e como melhorar, até porque nossos atletas conseguem entregar isso, pois todos têm muito potencial técnico. Esses frutos iremos colher lá na frente.